O BANCO COMUNITÁRIO POPULAR DE MARICÁ E A DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO AO MERCADO

Autores

  • Larissa Lamassa Roleira Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
  • Matheus Luiz Cardim Flor Paulo Unilasalle-RJ

DOI:

https://doi.org/10.29327/1163602.7-105

Palavras-chave:

Banco Comunitário, Mercado, Economia local

Resumo

Em contramão ao praticado ordinariamente no mercado financeiro atual, surge em territórios de maior vulnerabilidades social, prioritariamente por iniciativa da própria comunidade por meio do sistema de autogestão, os Bancos Comunitários, associações que possuem como propósito a democratização do sistema financeiro por meio da gestão comunitária dos recursos arguidos com a circulação da moeda local, implementando o acesso e inclusão de pessoas em um sistema bancário que seja justo e igualitário sem a lógica do capital pelo capital, possibilitando a propagação do crédito de forma desburocratizada e fácil. O presente projeto tem por escopo o estudo específico e intrusivo da Associação Banco Comunitário Popular de Maricá, que nasceu de um processo exógeno do poder público municipal, mas tem sua gestão fundamentada de forma democrática por meio dos membros da associação, que participam de toda administração do Banco Comunitário. Insta salientar que é por meio das transações efetuadas nos comércios locais com a moeda social “Mumbuca” que é possível inserir os indivíduos, antes a margem do sistema financeiro convencional, tanto no mercado de crédito quanto no de capital, trazendo para o território de Maricá-RJ um enorme desenvolvimento socioeconômico. Ao oferecer crédito em condições especiais à população, reiteradamente a juros zero, ocorre o estímulo, de maneira micro e setorial, no desenvolvimento territorial por meio do incentivo ao  empreendedorismo local e ao trabalho coletivo e solidário. O presente trabalho tem como objetivo a análise de dados qualitativos e teóricos que demonstram a transformação socioeconômica do Município de Maricá quando da inserção dos indivíduos do território numa lógica financeira solidária através do Banco Comunitário Popular, na contramão do capitalismo arguido pelas grandes instituições financeiras, desta forma a população mais vulnerável economicamente tem acesso ao mercado bancário e, consequentemente, são capazes de maior investimento no seu crescimento pessoal, baseado em um sistema financeiro de desenvolvimento através do fomento à criação de novos negócios solidários e investimento nos pequenos empreendedores locais. Assim, o território maricaense que, a priori, era empobrecido, transforma-se em um território de riquezas populares que avança, não só com recursos humanos, mas também, e principalmente, com recursos tecnológicos e sociais, por meio de créditos atrelados a instrumentos de economia solidária oferecendo dignidade, oportunidades e inserção no mercado, gerando emprego e circulação de renda no território onde está inserido. O presente projeto justifica-se no impacto e transformações sociais e econômicas como a geração de empregos, acesso aos mercados e fomento da economia local podem ser geradas a comunidades vulneráveis economicamente por meio da criação de Bancos Comunitários como a Associação Banco Comunitário Popular de Maricá estudado no presente trabalho e tem-se como metodologia a pesquisa qualitativa para a produção do referente resumo, além da coleta de entrevistas com a Diretoria da Associação Banco Comunitário Popular de Maricá, análise de documentos e pesquisa bibliográfica.

Biografia do Autor

Matheus Luiz Cardim Flor Paulo, Unilasalle-RJ

Graduando em Direito, pesquisador do Observatório de Direito Internacional do Rio Grande do Norte (OBDI). Tem experiência na área de Direito Público, atuando principalmente nos seguintes temas: Licitação, contratos, convênios e atos administrativos, possui experiência em assuntos religiosos e atuação acadêmica na área de Direito Internacional e Direitos Humanos no estudo de migrações e refúgio além dos Direitos de pessoas LGBTI+

Publicado

31.12.2022