EDUCAÇÃO PARA RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES E ANÁLISE DA POLÍTICA AFIRMATIVA
DA IMPLANTAÇÃO AO ALCANCE
Palavras-chave:
Educação étnico-racial;, Formação de professores;, Políticas afirmativas;, Movimentos sociais.Resumo
No Brasil, como resultado da luta do movimento negro, de ativistas, educadores e pesquisadores envolvidos com a causa do combate ao racismo no país, a promoção da Educação para Relações Étnico-raciais é matéria obrigatória nos cursos de formação inicial de professores a partir de 2003, sendo parte de uma política afirmativa. As leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08, ao estabelecerem diretrizes de inserção das temáticas afro-brasileiras e indígenas como componente obrigatório da educação brasileira, promoveram mudanças nos currículos das Instituições de Ensino Superior, já que movimentam e ampliam a inserção de novos saberes, bem como novas formas de abordagem. A pesquisa de doutorado em curso tem como propósito analisar o alcance desta política de Educação para Relações Étnico-raciais na formação inicial de professores no Brasil, e enfatiza, a partir das problematizações, a importância e a pertinência dos movimentos sociais como tensionadores de posturas políticas e emancipatórias que combatam o racismo e as suas formas cotidianas de discriminação. Outrossim, destacam a relevância de pesquisas que possam contribuir com o debate neste âmbito. O estudo privilegiará a abordagem de natureza qualitativa, a análise centra-se inicialmente num arcabouço de documentos curriculares relativos ao curso, e o que mobiliza a investigação, por meio desses documentos, é exatamente a possibilidade de refletir, a partir de um artefato escrito, os olhares dos sujeitos que o intencionaram. Além disso, adotaremos como procedimentos técnicos a revisão bibliográfica, observação participante, entrevista e grupo focal com licenciado/as do curso de licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal Goiano. Como levantamento de resultados parciais por meio da revisão da literatura e estado da arte, estudos demonstram que a Educação para Relações Étnico-raciais avança timidamente (Gomes 2012, Coelho 2018) o que precisa por meio de pesquisas e aprofundamentos, oportunizar a efetivação dos conhecimentos do campo e a criação de estratégias metodológicas que vislumbrem práticas antirracistas e de luta contra todos os tipos de preconceitos.