A SUSTENTABILIDADE SOCIAL NAS EMPRESAS

DESAFIOS DA GESTÃO ESG FRENTE À INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Autores

  • Vauzedina Rodrigues Ferreira Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo

Palavras-chave:

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, SUSTENTABILIDADE SOCIAL, MEIO AMBIENTE DO TRABALHO, EMPRESA ESG, DIREITOS HUMANOS

Resumo

O objeto da pesquisa é ponderar se a empresa humanista, com modelo de gestão ESG - Environmental, Social and Governance,  em português,  ambiental, social e governança,  como resultado de suas boas práticas e preocupação com o meio ambiente, neste estudo, com foco especificamente no meio ambiente de trabalho, sob o manto do pilar social, ante a crescente preocupação relacionadas aos limites do poder diretivo do empregador, no contexto da inexorável e irreversível utilização da inteligência artificial no ambiente de trabalho, tem a capacidade de dar prevalência ao homem em detrimento da máquina, tem a capacidade de estabelecer limites ao poder diretivo do empregador, no uso da inteligência artificial. Assim, a questão a ser respondida é se a empresa humanista é capaz de eliminar a ameaça e a violação aos direitos humanos que se vislumbra com o uso da inteligência artificial, se é possível pelas boas práticas do capitalismo consciente garantir direitos fundamentais como o direito a privacidade no contexto da utilização da inteligência artificial no controle das atividades do empregado, no seu ingresso na empresa e no seu desligamento. Nesse contexto, o objetivo da pesquisa é discernir se o modelo de gestão ESG é capaz de encontrar soluções para que a utilização da inteligência artificial respeite os direitos humanos dos trabalhadores. A justificativa para essa investigação e relevância do tema está substancialmente ligada às violações aos direitos humanos no ambiente de trabalho, que precisam ser estudadas e debatidas nesse crucial ,momento em que se constata que o uso da inteligência artificial posta à serviço do empregador, produz  invasão de privacidade e decisões enviesadas, que não se coadunam com as diretrizes da valorização do trabalho humano, tampouco com as metas estabelecidas na Agenda 2030 da ONU, e seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A metodologia percorrerá o caminho da investigação em sítios eletrônicos doutrinários, artigos científicos e doutrina acerca do tema proposto. A hipótese inicial tem o condão de demonstrar que empresas que buscam o seu desenvolvimento corporativo baseado em estratégias que valorizem o humano, podem trazer reputação e longevidade à sua marca. O objetivo e discussão da questão proposta ficará estabelecida nos direitos humanos, na interseção dos objetivos empresarias em obter lucro, mas com obediência aos direitos fundamentais dos trabalhadores, no que se refere, especialmente, no meio ambiente do trabalho livre de discriminação algorítmica, com respeito aos direitos humanos fundamentais, como o direito a privacidade em todas as fases do contrato de trabalho.

Publicado

02.10.2024

Edição

Seção

SIMPÓSIO On122 - SUSTENTABILIDADE E EMPRESA HUMANISTA: PRINCÍPIOS DO ENVIRONMENT