A REPRESENTAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NA LITERATURA DISTÓPICA
REFLEXÕES PARA POLÍTICAS PÚBLICAS E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Palavras-chave:
DIREITOS HUMANOS, POLÍTICAS PÚBLICAS, ÉTICA, INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, LITERATURA DISTÓPICAResumo
A literatura distópica oferece uma perspectiva crítica sobre os desafios éticos e sociais do uso da tecnologia, especialmente da inteligência artificial (IA). O presente estudo analisa como obras literárias como "1984" de George Orwell, "Admirável Mundo Novo" de Aldous Huxley e "Fahrenheit 451" de Ray Bradbury refletem preocupações com a vigilância, o controle estatal e a supressão de liberdades individuais. Essas narrativas podem fornecem percepções importantes para o desenvolvimento de políticas públicas que protejam os direitos humanos em um mundo cada vez mais tecnológico. A relevância do tema está na necessidade de criar salvaguardas legais e regulamentares inspiradas pelas lições dessas obras literárias, prevenindo abusos tecnológicos e garantindo a utilização ética e justa da IA. Os objetivos incluem examinar temas de vigilância, controle estatal e supressão de liberdades na literatura distópica, identificar paralelos entre esses temas e as realidades contemporâneas da nova tecnologia, propor políticas públicas e modelos de proteção de direitos humanos inspirados pelas lições dessas obras literárias e promover a educação e conscientização sobre os riscos e benefícios do uso da IA através da literatura distópica. A metodologia utilizada envolve uma análise literária detalhada das obras distópicas, complementada por uma revisão de políticas públicas e regulamentações existentes, além de revisões bibliográficas e análise crítica de estudos acadêmicos e relatórios sobre novas tecnologias e ética. As hipóteses iniciais sugerem que as narrativas distópicas refletem preocupações válidas sobre o uso de tecnologia para controle e repressão; que essas preocupações são relevantes para o desenvolvimento de políticas públicas que protejam os direitos humanos no contexto do uso de IA; que políticas de compliance robustas podem prevenir abusos tecnológicos e promover o uso ético desta nova tecnologia; e que a educação e a conscientização através da literatura distópica podem preparar a sociedade para os desafios do futuro tecnológico. Os temas de vigilância e controle estatal nas obras distópicas são paralelos às preocupações contemporâneas com o uso de IA, a análise destaca a necessidade de salvaguardas legais para prevenir abusos tecnológicos. Por fim, políticas públicas eficazes incorporam diretrizes éticas inspirados pelas lições da literatura distópica. A inclusão dessas discussões é positiva para fomentar um debate crítico e preparar a sociedade para os desafios éticos e sociais apresentados pela IA.