CURRÍCULO EM PERSPECTIVA EMANCIPATÓRIA E PARA A PROMOÇÃODOS DIREITOS HUMANOS
A EXPERIÊNCIA DA REDE MUNICIPAL DEENSINO DE JUNDIAÍ E OS CONFLITOS ENTRE A EDUCAÇÃO HUMANIZADORA E A EDUCAÇÃO PARA BUSCA DE RESULTADOS
Palavras-chave:
currículo, educação como direito, direitos humanosResumo
A pesquisa tem por objetivo compreender e apontar as inconsistências filosóficas, políticas e pedagógicas existentes nos currículos fundamentados nos conceitos de habilidades e competências e indicar os fundamentos para um currículo humanizador e emancipatório na promoção dos direitos humanos. Procura elucidar os aspectos educacionais percebidos na implementação do currículo escolar da cidade de Jundiaí, localizada no estado de São Paulo (Brasil), baseado em habilidades e competências e quais possibilidades de superação para um currículo fundamentado no conceito de educação como direito. O questionamento que se coloca nessa perspectiva é: quais as implicações pedagógicas que se manifestam na implementação de um currículo a partir das competências e habilidades e como os Direitos Humanos podem contribuir na consolidação de um currículo para a educação como direito? Assim, a pesquisa procura elucidar as possíveis relações entre o conceito de currículo humanizador e emancipatório e os Direitos Humanos. Para tanto, trabalha com os conceitos de currículo, direitos humanos e educação como direito em uma perspectiva histórico-dialética, descortinando possibilidades para um fazer educacional filosófico-político direcionado ao respeito às necessidades ontológicas humanas. Objetiva com isso contribuir com a reflexão sobre as discrepâncias existentes entre as efetivações de currículos educacionais construídos e destinados para resultados quantitativos e a implementação de currículos educacionais emancipadores fundamentados na concepção de educação como direito. Como contexto de análise de pesquisa, utiliza a experiência educacional da rede municipal de ensino de Jundiaí, na qual a implantação de um currículo voltado para a concepção de educação como direito foi substituída pela implantação de um currículo sustentado a partir de habilidades e competências e da busca por indicadores quantitativos de qualidade. Como resultado, espera elencar e refletir sobre as condições teóricas e práticas nas quais, efetivamente, os Direitos Humanos possam ser inseridos nos currículos escolares, se constituindo como aspecto basilar no fazer pedagógico da escola.