DIREITOS DAS GESTANTES NO ESPECTRO AUTISTA
TEA E DAS GESTANTES COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA, SURDA OU SURDACEGA
Palavras-chave:
Pessoa com Deficiência, Autismo, Surda, Surdacega, Deficiência AuditivaResumo
Apesar de todos os avanços no campo da inclusão em nosso país as pessoas no Transtorno do Espectro Autista – TEA e com Deficiência Auditiva, Surdas e Surdascegas, ainda enfrentam dificuldades de inclusão na gravidez, período notório que as mulheres passam por grandes transformações físicas e fisiológicas em seu organismo. Assim, com o acompanhamento eficaz no momento do pré-natal, pós- parto e até o segundo ano de vida da criança que se estende a genitora, para acompanhamento com o pediatra, psicólogo ou psiquiatra para orientações e procedimentos durante a gestação e após para um correto preenchimento da carteira de vacinação, tanto nos marcos físicos, mas em especial nos marcos do desenvolvimento ajudando no diagnóstico precoce. Sendo detectado durante os atendimentos mensais que a criança esta no espectro autista, o pediatra deverá inserir no sistema esta informação para a prestação do suporte médico e psicológico adequado. Nas gestantes no Transtorno do Espectro Autista – TEA, as transformações são mais acentuadas devido os aspectos sensoriais e psicológicos, gerando insegurança de como conseguirão dar conta de cuidar de uma criança, a dificuldade de criar vinculo com o recém nascido entre outras particularidades. Salientando que toda GESTANTE no Transtorno do Espectro Autista - TEA será considerada de alto risco e será atendida pela Atenção Secundária, a obrigatoriedade de um plano de parto multidisciplinar desenvolvido conjuntamente entre o obstetra, psicólogo e psiquiatra para atender sua gravidez e na hora do parto. Já a gestante com deficiência auditiva, surda ou surdocega, necessitam de um acompanhamento eficaz no pré-natal, pós- parto, pois fora as transformações físicas e psicológicas, imaginemos se o acesso a informação fosse nulo, deficitário e ineficaz a insegurança será ainda maior no momento do parto por não terem compreendido corretamente os procedimentos pela falta de um intérprete de libras ou guia- intérprete, durante todo o pré-natal e principalmente na sala de parto. Estas relatam que na cesárea, passaram momentos de terror por não ser possível a comunicação com a equipe médica, visto a falta de conhecimento da linguagem de LIBRAS e mesmo que a gestante possuísse a habilidade de ler lábios, isto também lhe era privado pelo uso de máscara. Então o que deveria ser um ato de amor, pelo nascimento de seu filho tornou se em um momento de angustia e medo devido à falta de INCLUSÃO e acessibilidade, privando seu direito prévio a informação e violando seus direitos de uma forma cruel. Desta forma o objeto desta pesquisa é a inclusão e acessibilidade dentro dos procedimentos médicos e a necessidade dos gestores públicos em observar a criação de programas e capacitação de suas unidades para que as PESSOAS COM DEFICIÊNCIA em especial as gestantes possam usufruir de seus direitos na plenitude. Por fim, concluiu-se que todas as unidades hospitalares, públicas ou privadas, têm obrigação de fornecer acessibilidade em todas as suas formas a todos os indivíduos.