OS DESAFIOS PARA A FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS PARA A TERCEIRA IDADE NO BRASIL
Palavras-chave:
Políticas educacionais; Idoso; Direito à educação.Resumo
Este texto apresenta os resultados do estudo que teve como objetivo analisar os desafios para a formulação e implementação de políticas educacionais para a população idosa. Um dos desafios na atualidade é o envelhecimento da população e, como decorrência, surgem demandas em diferentes aspectos como sociais, políticos, econômicos e educacionais. Com este significativo aumento da população idosa no Brasil, emerge a necessidade da formulação de políticas públicas educacionais que ampliem e garantam o direito à educação e diminuam as desigualdades encontradas nas várias regiões do país. Mesmo diante da implementação de políticas educacionais para vários segmentos e modalidades, como também para a promoção da diversidade e inclusão, ainda há uma carência e uma lacuna de ações formativas que preparem seus indivíduos para atuarem em um contexto em que o crescimento da população idosa vem aumentando rapidamente. A pesquisa centrou-se na seguinte questão norteadora: quais os desafios para formulação e implementação de políticas educacionais direcionadas para a população idosa que garantam o direito à educação ao longo da vida? A formulação de políticas educacionais para a terceira idade demanda a necessidade de repensar as suas especificidades de modo que oportunize uma sociedade inclusiva. O referencial teórico adotado foi subsidiado por autores que discutem o envelhecimento como Oliveira (1999, 2013); na educação permanente enfatizada por Gadotti (2005) e Freire (1967). A pesquisa, bibliográfica e documental, foi utilizada como instrumento para apreciação do conteúdo, no sentido de identificar os desafios para formulação de políticas educacionais, buscando maior compreensão do objeto estudado. Os resultados encontrados permitiram inferir que a situação educacional dos idosos e dos serviços oferecidos ainda estão longe de garantir as especificidades e necessidades tão característicos deste segmento. Essas fragilidades demonstram que a demanda é grande e é necessário investir no processo educacional, bem como na formação de profissionais qualificados e no investimento de pesquisas e estudos na área da Gerontologia e da Geriatria. A formulação de políticas educacionais para a terceira idade deve abranger desde o processo de escolarização até a formação de profissionais para atendimento das especificidades deste público.