O DESAFIO DE PROMOVER A APRENDIZAGEM E A AVALIAÇÃO SIGNIFICATIVAS
PRESSUPOSTOS DA GARANTIA DA EDUCAÇÃO COMO DIREITO HUMANO
DOI:
https://doi.org/10.29327/1163602.7-67Palavras-chave:
EDUCAÇÃO COMO DIREITO, APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA, AVALIAÇÃO SIGNIFICATIVA, DIREITOS HUMANOSResumo
O artigo tem como objetivo discutir as possibilidades de uma educação e avaliação significativas como garantia da educação enquanto direito humano. Toma-se como aporte teórico Irandé Antunes, Esther Pillar Grossi, Jussara Hoffmann, César Aparecido Nunes, Dermeval Saviani, Paulo Freire e Malcon Aderson Tafner. Quando a escola defende a aprendizagem e avaliação significativas, há preocupação e cuidado para com as pessoas. Assim, a equipe escolar valoriza os professores, seu trabalho, entende as limitações, necessidades, preza pelo acolhimento, oferece educação para a criticidade por meio de uma pedagogia humanizadora e emancipatória. Pensar a educação como direito humano é considerá-la como premissa maior, valor universal, garantido, sem que haja qualquer possiblidade para discriminação ou negligência. Portanto, faz-se necessário ao o educador dar crédito aos alunos, tratá-los de forma amiga, demonstrar respeito e incentivo. É preciso cuidar de cada aluno que passa “pela vida e caminhos de um educador”, como apontado pelo professor César Nunes em “A ética do cuidado” (2015). Considera-se a necessidade de superação das tendências autoritárias para o alcance das emancipatórias e humanizadoras. Nos dias atuais, é preciso levar em conta as inteligências socioemocionais, ações de prevenção e combate ao racismo, preconceito, discriminações, bullying, ciberbullying, aceitação às diferenças, valorização da vida, autoestima, valorização de si mesmo, perspectivas de vida, preocupações com as questões universais coletivas, tais como, preservação do meio ambiente e superação da sujeito indivíduo para o alcance do sujeito social, precisam serem consideradas nos planejamentos diários da equipe escolar. Da mesma forma, a avaliação significativa, precisa fazer sentido aos alunos, como parte integrante da educação; deve estar à serviço da ação do processo de formação do aluno. Portanto, não deve ser pontual, mas, constante, com foco na observação para um redirecionamento das ações que possam prover o aluno de aprendizagem, seja individual ou coletiva. Considera-se que a discussão sobre avaliação deve ser pensada como algo que projeta o futuro do aluno. Portanto, seu objetivo é ajustar as ações do educador para com a aprendizagem dos alunos e alunas. A avaliação deve ter relação direta com as necessidades reais dos alunos e redirecionamento do trabalho docente a fim de melhor sucesso de aprendizagens; é preciso clareza quanto aos instrumentos e critérios. Assim, uma escola que se preocupa com a aprendizagem significativa, olha a educação a partir da categoria de totalidade, tem proposta pedagógica; a equipe gestora preocupa-se com plano de aplicação financeiro com base nas necessidades da escola; o docente planeja e executa suas aulas, de acordo com a proposta pedagógica, cumpre seus dias letivos, está presente, preocupa-se com a recuperação contínua dos alunos; envolve as famílias, posto de saúde, conselho tutelar e sociedade de modo geral, haja vista a necessidade de o trabalho em rede como meio para preservação dos direitos sociais e universais. E, hoje mais do que nunca, quando se pensa em escola, não tem como desconsiderar os condicionantes sociais.