MORTE, FALSO SELF E A SÍNDROME DO BOM MENINO
UMA ANÁLISE QUEER SOBRE A VIDA A PARTIR DA OBRA DE ANA CLAUDIA QUINTANA ARANTES
Palavras-chave:
LGBTQIAPN , FALSO SELF, AUTENTICIDADE, DIRIETOS HUMANOS, INCLUSÃOResumo
A pesquisa aborda a complexa realidade das pessoas queer em uma sociedade “cisheteronormativa”, utilizando como base reflexiva o livro "A Morte é um Dia que Vale a Pena Viver" de Ana Claudia Quintana Arantes, tendo como foco a análise das dificuldades enfrentadas por pessoas queer, especialmente no que tange à formação do "Falso Self" e à chamada "Síndrome do Bom Menino", explorando como essas questões impactam a vivência autêntica e a qualidade de vida. A relevância do tema se justifica pela necessidade de compreender e dar visibilidade às vivências das pessoas queer, que frequentemente enfrentam discriminação e marginalização. A análise busca contribuir para uma sociedade mais inclusiva e consciente das dificuldades enfrentadas por essa população, sobretudo as famílias de pessoas que se identificam como LGBTQIAPN+, pois foi constatado que é nas fases de iniciais ou de formação em que as principais e marcantes violências ocorrem. A obra de Quintana Arantes é utilizada para refletir sobre a importância de viver uma vida autêntica. Arantes argumenta que a proximidade da morte intensifica a percepção do que realmente importa, destacando a necessidade de viver de acordo com o verdadeiro self. Essa pesquisa correlaciona essa visão com a experiência queer, onde a luta por aceitação muitas vezes leva a uma vida de conformidade forçada, mascarando a verdadeira identidade. Nesse sentido, os objetivos principais são investigar a formação do Falso Self em indivíduos queer, entender como a Síndrome do Bom Menino se manifesta nessas pessoas e refletir sobre a importância de uma vida autêntica à luz dos ensinamentos de Arantes sobre a morte. A metodologia empregada é qualitativa e interpretativa, utilizando a obra de Arantes como um ponto de partida para discutir conceitos psicológicos e sociais relevantes para a comunidade queer. Está pesquisa baseou-se na análise de discursos, experiências e relatos presentes na literatura e na observação crítica da realidade social. Em suma, concluiu-se destacando a importância de ser protagonista da própria vida, vivendo com autenticidade e resistindo à pressão de conformidade. A análise ressalta que, embora a morte seja uma experiência solitária e inevitável, a vida deve ser vivida plenamente e com sinceridade. A obra de Arantes inspira a valorização da vida e a busca pela verdadeira essência de cada indivíduo, especialmente no contexto da realidade queer. Portanto, essa pesquisa oferece uma análise profunda e sensível das dificuldades enfrentadas pelas pessoas queer, enfatizando a importância de viver uma vida autêntica e significativa.