OS NAPNES DO IFRO
UMA ANÁLISE DA EDUCOMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO INTEGRAL
Keywords:
NAPNE; POLÍTICA DE INCLUSÃO; EDUCOMUNICAÇÃO; DIREITOS HUMANOS; EDUCAÇÃO INTEGRAL.Abstract
Este trabalho tem como objetivo apresentar os Núcleos de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNEs) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) e analisar esses núcleos sob o aspecto da educomunicação. Considerando o NAPNE como um núcleo inovador e promotor do diálogo no âmbito do IFRO, a análise aborda a correlação entre comunicação, tecnologia e educação integral, destacando as dimensões de inclusão, cultura e tecnologia, que são fundamentais para o programa de escola em tempo integral. A justificativa do estudo está embasada na crescente relevância das tecnologias na educação, especialmente com a penetração dos meios de comunicação de massa, que têm criado um vínculo intenso com a escola como local de experimentação e formação cultural. As inovações tecnológicas recentes revitalizaram essa relação, alternando entre melhorar a qualidade da aprendizagem e capacitar os cidadãos para viver em um ambiente mediado. Conceitos como educação para a mídia, pedagogia da mídia, alfabetização midiática, visual ou informacional, novos letramentos e habilidades digitais ou informacionais são centrais na literatura sobre educomunicação. Para fins de clareza, definimos a educomunicação como um campo teórico interessado na relação dialógica entre as mídias (tradicionais, novas ou tecnologias de informação e comunicação - TIC) e seu impacto no ambiente educacional ou em seus principais atores: alunos, professores e pais. Evidências sobre a educomunicação desde a primeira metade do século XX em iniciativas globais tornam difícil atribuir uma nacionalidade específica ao conceito, mas o termo “alfabetização midiática” é amplamente difundido. Por outro lado, a relação com a educação integral, em seu modelo, busca o desenvolvimento completo dos alunos, abordando não apenas o cognitivo, mas também os aspectos emocional, social, cultural e físico. No contexto dos NAPNEs, isso significa criar um ambiente inclusivo que reconheça e valorize a diversidade, garantindo que todos os alunos, incluindo aqueles com necessidades educacionais específicas, tenham acesso às oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento. A dimensão da inclusão é central, assegurando que os estudantes com deficiência sejam integrados em todas as atividades escolares e recebam o apoio necessário para sua plena participação. A cultura, por sua vez, é promovida através de práticas que respeitam e celebram as diferenças, enquanto a tecnologia é utilizada como ferramenta para mediar e facilitar o processo de ensino-aprendizagem, tornando-o mais acessível e eficaz. Este estudo fundamenta-se em leis e diretrizes como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/1996), a Lei Brasileira de Inclusão (LBI - Lei 13.146/2015), a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, a Constituição Federal de 1988 (CF/1988), o Decreto nº 914/93 e a Resolução nº 30/CONSUP/IFRO/2011. A relevância da pesquisa está no avanço do ingresso de estudantes com deficiência no ensino superior nos últimos anos, investigando como esse avanço tem se traduzido em termos de inclusão, permanência e sucesso acadêmico. A metodologia utilizada é qualitativa, de cunho exploratório, bibliográfico e documental.