EMPODERAMENTO DE ADOLESCENTES ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO SEXUAL, EM GUATAPARÁ-SP, BRASIL, EM 2024

GARANTIA DOS DIREITOS HUMANOS

Authors

  • Mario Angelo Cenedesi Júnior Universidad de Ciencias Empresariales y Sociales

Abstract

OBJETO DE PESQUISA: apresentar um trabalho educacional de garantia dos Direitos Humanos no que tange ao conhecimento de adolescentes sobre Educação Sexual como ferramenta de promoção de desenvolvimento saudável e empoderamento. JUSTIFICATIVA: no contexto da Educação Sexual em adolescentes e prevenção de abuso sexual, os direitos humanos desempenham um papel fundamental ao garantir que esses jovens tenham acesso a informações precisas, adequadas e não discriminatórias sobre Saúde Sexual e Reprodutiva. Os direitos humanos nesse campo afirmam o direito de todos os adolescentes à Educação Sexual abrangente, que inclui o conhecimento sobre seus corpos, relações saudáveis, contracepção, prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (IST) e o reconhecimento e prevenção do abuso sexual. Garantem igualdade de acesso à Educação Sexual para todos os adolescentes, independentemente de sua origem étnica, status socioeconômico, orientação sexual ou identidade de gênero, capacitando-os a tomar decisões, promovendo autonomia. Protegem contra abuso sexual ao informar sobre seus sinais, promover a denúncia e garantir apoio adequado, salvaguardando a integridade física e emocional dos jovens. Ainda, desempenham um papel vital na conscientização sobre o abuso sexual, capacitando-os a reconhecer sinais, estabelecer limites e buscar ajuda quando necessário. OBJETIVOS DA PESQUISA: fornecer Educação Sexual para adolescentes de uma cidade pequena do estado de São Paulo-Brasil, em 2024. METODOLOGIA: organizado pelo Programa Saúde na Escola, aplicou-se um questionário a 144 adolescentes com idades entre 14-17 anos de uma escola em Guatapará-SP-Brasil, avaliando a auto-percepção da Saúde Sexual, Reprodutiva e abuso sexual. Ao final, procedeu-se um ciclo de palestras sobre Educação Sexual, abordando temas como conhecimento do próprio corpo, prevenção de IST, gestação na adolescência (abordando métodos anticonceptivos) e o reconhecimento de sinais quanto a abuso sexual (trabalhando sua prevenção e formas de denúncia, bem como rede de apoio) - os Departamentos Municipais de Saúde/ Educação autorizaram a pesquisa, assim como os pais (nível de confiança 95%, margem de erro 5%). HIPÓTESE: os adolescentes têm pouco conhecimento sobre Saúde Sexual, inclusive com discrepância de gênero. RESULTADOS FINAIS: Em relação ao gênero, 53,1% são do sexo feminino. 15,4% desconhecem seus órgãos reprodutivos, 45% nunca discutiram Saúde Sexual com suas famílias, 30% manifestam medo/vergonha ao discutir esse tema com suas famílias, 32% desconhecem métodos contraceptivos, 36% não sabem o que são ISTs e 24% não estão familiarizados com o abuso sexual. As análises mostram uma associação significativa entre gênero e conhecimento dos órgãos reprodutivos, com 18% das mulheres e 12% dos homens com falta de conhecimento (p 0,008, Teste Qui-Quadrado). Há também uma associação significativa entre gênero e diálogo familiar, com 60% menos chance de famílias discutirem com os filhos homens (p 0,004, Teste Qui-Quadrado). A educação em saúde para adolescentes é crucial, capacitando-os a tomar decisões informadas sobre Saúde Sexual e prevenção de abuso. Este treinamento sensível fornece ferramentas essenciais para identificar, prevenir e relatar situações prejudiciais, promovendo ambientes seguros, relacionamentos respeitosos e incentivando o cuidado com seu bem-estar físico e emocional. Essa abordagem não apenas fortalece os jovens individualmente, mas também contribui para a construção de sociedades mais justas, igualitárias e seguras para todos.

Author Biography

Mario Angelo Cenedesi Júnior, Universidad de Ciencias Empresariales y Sociales

Doutor em Saúde Pública com orientação em Epidemiologia.

Médico sanitarista.

Published

2024-10-02

Issue

Section

SIMPÓSIO P19 - EDUCAÇÃO E PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS: FUNDAMENTOS LÓGICOS, PRO