MOVIMENTOS SOCIAIS, DIREITOS HUMANOS E LAZER
O ESPORTE COMO AGENTE EDUCATIVO COLETIVO
DOI:
https://doi.org/10.29327/1163602.7-255Palavras-chave:
Movimentos sociais; esportes; Direitos Humanos, Participação.Resumo
Os movimentos sociais marcam a dinâmica da vida social e política da periferia das grandes cidades. Na região do bairro Jardim da Conquista em São Paulo, vivem hoje cerca de 60mil pessoas. Como outras periferias do nosso país, são raros os espaços de esportes e lazer, por não haverem praças nem equipamentos públicos disponíveis ao convívio social. Desse modo, os jovens da periferia improvisam campos e espaços de lazer coletivo, quase sempre sobre grande improvisação, para garantir uma determinada pratica de entretenimento de convivência social. Como líderes de um movimento de ocupação territorial pudemos perceber a importância do esporte para produzir uma identidade espacial nos jovens e nas crianças do Bairro. Nas competições conhecidas como de “várzea”, os atletas amadores passam a representar os valores comuns e a identidade do agrupamento humanos que estão inseridos. A questão dos Direitos Humanos aparece em todas as dimensões da prática esportiva nos movimentos sociais. Quaisquer manifestações de preconceito e de negação da dignidade humana sofrem duras críticas e rejeições do grupo. As teorias da Educação e da Educação Física articuladas com a questão do Lazer podem dar fundamentação a nosso estudo. Pesquisa de natureza crítico-dialética, com uma intencionalidade de formar e de educar agentes para a atuação nos movimentos sociais, no âmbito do esporte, com finalidade crítica e emancipatória. Como professores pudemos acompanhar as jornadas esportivas e perceber a sensibilidade de todos para a construção de um espaço de entretenimento, de lazer e de busca de identidade social. Os Direitos Humanos são assumidos como uma plataforma de igualdade e de dignidade de toda pessoa humana no grupo. Buscaremos expressar como se deu essa sensibilidade no transcorrer desses últimos anos.