MULHERES E TECNOLOGIA NO CONTEXTO DA GUERRA ISRAEL X HAMAS
Palavras-chave:
Tecnologia; Mulheres; Israel; Palestina; Guerra;Resumo
A unidade 8200 integra o Corpo de Inteligência das Forças de Defesa de Israel e sua missão é captar sinais de inteligência e decifrar códigos. Ela foi criada em Israel depois do fracasso que foi em grande medida a reação do país à Guerra de Yom Kippur, em 1973. Unindo tecnologia e inteligência, a unidade passou a ter papel importante no projeto de “Start Up Nation” que fez do pequeno país poderoso em termos tecnológicos. Permitiu também que mulheres, por anos vedadas aos cargos de combate nas Forças de Defesa de Israel e com pouco acesso à liderança, acessassem papeis importantes militares, bem como subsequente atuação no meio profissional de tecnologia seja em Israel ou no exterior, em particular no Vale do Silício. Elas compõem cerca de 55% dos integrantes da unidade em questão, e muitas seguiram por carreiras significativas nas áreas de Pesquisa e Desenvolvimento na Indústria de Tecnologia depois do período de serviço obrigatório. A ideia na apresentação é tratar em específico do papel das soldadas e oficiais israelenses na unidade em questão no contexto dos ataques de 7 de outubro e da guerra que se desdobra subsequentemente e atinge sobretudo mulheres e crianças em Gaza. O recorte em questão coaduna com pesquisa mais ampla em andamento no âmbito do Macroprocesso “Mulheres, Renda e Democracia: Direito, Políticas Públicas e Relações Internacionais” no IDP sobre o impacto do conflito israelo-palestino em geral e da guerra corrente entre Israel e Hamas sobre mulheres israelenses e palestinas. Permite reflexão mais ampla sobre o impacto de tecnologias em geral, e Inteligência Artificial em específico, em conflitos correntes mundo afora e porque é necessário não só avaliar o papel de mulheres em seu uso ou como vítimas deles, como também alertar para a necessidade de mulheres em posições de liderança global para que haja atenção e ações específicas a esse ponto.