INSEGURANÇA ALIMENTAR ENFRENTADA POR REFUGIADOS AFEGÃOS EM RAZÃO DOS CONFLITOS ARMADOS

Autores

  • Giovanna Abbott Centro Universitário de Barra Mansa, UBM

Palavras-chave:

AFEGANISTÃO, GEOPOLÍTICA, CONFLITOS, SEGURANÇA ALIMENTAR

Resumo

A princípio, o estudo demarca a historicidade da região, começando, de forma cronológica, por raízes fixadas por volta de 550 antes de Cristo, partindo da conquista do Império Persa por Alexandre Magno e sua entrada no continente asiático que englobou o Império do Afeganistão, até a atual formação do Emirado Islâmico. A síntese da trajetória da sociedade afegã ao longo dos séculos, facilitará o entendimento das problemáticas disputas político-ideológicas acionadas por confrontos armados aparentemente incessantes, que resultam no objeto desta pesquisa: os mais de um milhão de desabrigados e refugiados afegãos que saíram de suas casas forçadamente em face das guerras e enfrentam dificuldades para ter acesso à alimentos, água, moradia e nacionalidade, direitos fundamentais destacados tanto pela Declaração Universal de Direitos Humanos, quanto pelo Estatuto dos Refugiados e Apátridas. O ponto estratégico deste ensaio, se baseia na formação do grupo Talibã com a entrada do socialismo no Afeganistão em 1979 e a instabilidade do país após a saída soviética em 1992, que acarretou a quebra da soberania do Estado levando grupos socialistas e islamitas a guerrearem entre si pela hegemonia numa acirrada Guerra Civil. Com a posterior relação do Talibã com a Al-Qaeda, houve a eclosão da “Guerra ao Terror” declarada pelos Estados Unidos da América, que incluiu o país como um dos principais sujeitos do combate internacional. Logo, o objetivo deste projeto é relevar as condições dos refugiados afegãos, relacionadas, principalmente, à insegurança alimentar, em virtude das guerras que perduram ainda hoje e tornar inteligível o papel das organizações internacionais para o tratamento da subalimentação e dos combates armados, bem como o intuito de diminuir as disparidades sociais e a escassez de recursos indispensáveis para a dignidade humana. Para tanto, utiliza-se como método, avaliações sobre os desenvolvimentos e impactos após a criação da Cúpula Mundial de Alimentação, realizada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura em 1996, que traçou metas para serem cumpridas em termos de Segurança Alimentar e Nutricional a nível individual, familiar, nacional, regional e mundial, além da  Agenda 2030, criada em 2015 que foi um novo plano para alcançar esses ideais.

Publicado

02.10.2024

Edição

Seção

SIMPÓSIO On78 - DIREITO INTERNACIONAL E A DICOTOMIA NOS FLUXOS MIGRATÓRIOS: A CR