PRÁTICAS DIVERSAS E INCLUSIVAS NA GESTÃO DE RH

UMA PERSPETIVA DO 3º SETOR EM PORTUGAL

Autores

  • Jacqueline Rezende Instituto Politécnico do Porto - ESTG

Palavras-chave:

diversidade, inclusão, instituições sem fins lucrativos, terceiro setor, gestão de recursos humanos

Resumo

O mercado de trabalho busca cada vez mais se adequar às necessidades da sociedade atual. Simultaneamente, cresce a diversidade entre os colaboradores, incluindo pessoas com deficiências visíveis e invisíveis, de diferentes nacionalidades, culturas, religiões, orientações sexuais, gêneros, diferentes corpos e idades. Muito se fala sobre inovação social e sustentabilidade nas empresas e instituições, mas incluir tantos perfis diversos com um objetivo comum é um dos grandes desafios atuais para os gestores de RH. Práticas de diversidade e inclusão no ambiente de trabalho podem ser consideradas uma das soluções, pois os stakeholders valorizam cada vez mais a responsabilidade social, e essas práticas podem atrair e reter talentos que compartilham esses valores. Embora existam desafios significativos, as perspetivas oferecidas pela adoção de práticas diversas e inclusivas são promissoras. A inovação, o engajamento dos funcionários e a promoção de uma sociedade mais justa e equitativa são apenas algumas das vantagens potenciais. Este estudo tem como objetivo identificar e compreender práticas de diversidade e inclusão adotadas na cultura organizacional de instituições sem fins lucrativos na região do Tâmega e Sousa, em Portugal, alinhadas com o ODS 10 – Redução das Desigualdades. A metodologia de pesquisa aplicada é qualitativa, buscando entender os impactos dessas práticas no funcionamento cotidiano da organização, tanto do ponto de vista da gestão quanto dos colaboradores. Foram utilizados inquéritos predefinidos junto às instituições sem fins lucrativos, que assinam a Carta Portuguesa pela Diversidade; uma iniciativa da União Europeia que visa combater a discriminação. De modo geral, o estudo será realizado em duas etapas: enquadramento teórico e investigação empírica. A primeira etapa, o enquadramento teórico, visa estruturar um panorama geral sobre diversidade e inclusão em Portugal, no seu contexto histórico e jurídico. A segunda etapa será a definição das práticas que permitem a diversidade e inclusão na gestão das instituições sem fins lucrativos. O trabalho empírico está dividido entre: questões metodológicas, caracterização das instituições, aplicação da técnica de coleta de dados, coleta e análise dos dados, interpretação dos mesmos e apresentação dos resultados obtidos. Por fim, investigamos a importância da gestão de recursos humanos em uma instituição sem fins lucrativos do Terceiro Setor, considerando que esse setor, devido às suas especificidades, exige uma atenção especial. Com base nas análises e resultados obtidos, este estudo pode reforçar a relevância e os benefícios das práticas de diversidade e inclusão no ambiente de trabalho, evidenciando que tais práticas não só promovem uma gestão mais equitativa e inovadora, mas também contribuem significativamente para a coesão social e o fortalecimento das organizações sem fins lucrativos na região do Tâmega e Sousa, alinhando-se aos objetivos da ODS 10 e demonstrando um compromisso concreto com a redução das desigualdades.

Publicado

02.10.2024

Edição

Seção

SIMPÓSIO P23 - RELAÇÕES DE TRABALHO E SUSTENTABILIDADE: DESAFIOS E PERSPECTIVAS