OS REFUGIADOS VENEZUELANOS NO MARANHÃO

DAS QUESTÕES GEOPOLÍTICAS ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS DE ACOLHIMENTO

Autores

  • MONICA FONTENELLE CARNEIRO UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃOO

Palavras-chave:

QUESTÕES GEOPOLÍTICAS;, REFUGIADOS VENEZUELANOS;, DIFERENÇAS LINGUÍSTICAS, IDENTITÁRIAS E CULTURAIS;, POLÍTICAS ESTADUAIS DE ACOLHIMENTO.

Resumo

O objetivo desta investigação em andamento é analisar o quadro que se desenha entre as questões geopolíticas e aquelas que envolvem não somente as problemáticas de natureza linguística, identitária e/ou cultural, mas também aquelas cujos aspectos estão direta ou indiretamente relacionados às políticas públicas voltadas para o apoio a refugiados, assim como estreitamente vinculadas aos direitos humanos fundamentais. Esta investigação justifica-se com base no entendimento de que tais direitos podem e devem ser garantidos aos migrantes venezuelanos (em especial as mulheres) que chegam ao Brasil e, mais especificamente, ao Maranhão, depois de forçados a fugir da caótica situação econômica e social em que vive seu país. O panorama nacional revela o norte do estado de Roraima como a porta de entrada mais importante para o território brasileiro nesse movimento migratório. Tendo em vista o crescimento dessa presença de refugiados venezuelanos em território maranhense, serão analisados os documentos que estabelecem as políticas e ações de acolhimento dos indígenas de etnia ‘warao’ procedentes da Venezuela que chegam ao Maranhão, em especial  aquelas desenvolvidas por meio da Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular SEDIHPOP, responsável pela implementação das providências do governo estadual maranhense como medidas de proteção e apoio a essa população carente e fragilizada. Como pesquisa qualitativa, de natureza descritivo-exploratória, serão utilizados os dados divulgados pela mídia e aqueles disponíveis online na SEDIHPOP para constituição do corpus. Depois de realizadas as análises, a expectativa é de que os resultados sugiram que a situação desses refugiados ainda é precária e se reflete na sua presença nas esquinas, nas proximidades de semáforos, a pedir ajuda ou vender itens de baixo custo: canetas, bombons, chocolates etc. A provável conclusão é a de que se faz necessária uma presença mais forte, efetiva e pertinente do governo maranhense junto a esses refugiados no enfrentamento das precárias condições em que se encontram, já que muitos continuam sem abrigo, sem emprego, sem acomodação, com um mínimo para sua sobrevivência.

Publicado

02.10.2024

Edição

Seção

SIMPÓSIO On118 - GEOPOLÍTICA, DIREITOS HUMANOS E SISTEMAS DE JUSTIÇA